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Pesquisa e Educação

Foi para incentivar e mudar o cenário da Pesquisa e Controle em Câncer no Brasil que um grupo de médicos idealizou, em 1991, uma instituição capaz de apoiar e sustentar o crescimento do INCA. De lá para cá, são mais de 30 anos de resultados e avanços importantes. Outras missões se somaram a essa, como a formação de profissionais para atuar no tratamento das pessoas com câncer de forma ética, técnica e, especialmente, com dedicação e amor – bem ao jeito Fundação do Câncer de ser.

Fomento à pesquisa

A Fundação do Câncer, desde sua criação, vem realizando, financiando e gerenciando recursos na realização de pesquisas visando o controle do câncer. Estas pesquisas são abrangentes, como as do Programa de Oncobiologia na Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), as pesquisas clínicas do INCA, a participação diretamente de pesquisas translacionais no Hospital Marcos Moraes e, mais recentemente, por meio de Projeto Estudo piloto para avaliação de segurança e eficácia da terapia de linfócitos T modificados geneticamente com Receptores Quiméricos de Antígenos (CARs) anti CD19 para o tratamento de leucemias e linfomas, no âmbito do Programa Nacional de Apoio à Atenção Oncológica (Pronon).

 

– Pesquisa clínica no INCA

O Instituto Nacional de Câncer (INCA) e a Fundação do Câncer trabalham em parceria em diversas frentes, sendo a pesquisa bastante relevante, cabendo a Fundação:

  • Parceria e alocação de pesquisadores qualificados.
  • Gestão administrativa, financeira e de logística dos projetos de pesquisa básica e aplicada, incluindo a negociação e realização de compras de materiais e contratação de serviços necessários ao funcionamento e manutenção das ações.
  • Viabilização financeira, por meio da captação de recursos junto a empresas públicas e privadas, e instituições nacionais e internacionais de fomento à pesquisa.
  • Promoção da formação de pesquisadores para expansão da Pesquisa em Câncer, priorizando as áreas de Oncologia Básica, Clínica e Epidemiológica.
  • Capacitação de recursos humanos, por meio da disponibilização de bolsas de pesquisa, passagens, diárias, hospedagens, para participação em congressos, simpósios e outros eventos relacionados.
    Realização de eventos científicos.
  • Cooperação com entidades nacionais e internacionais para implantação de redes de pesquisa clínica e de pesquisa e desenvolvimento de novos fármacos.
  • Apoio jurídico na celebração de contratos e convênios.
  • Importação de equipamentos e consumíveis necessários ao funcionamento e manutenção da operação.

Em parceria com a Fundação do Câncer, o INCA sediou o curso global sobre genômica de células únicas para América Latina e Caribe “Single Cell Genomics – Latin America and The Caribbean”, promovido e subsidiado pela Wellcome Connecting Science, instituição sediada na Inglaterra.

– Programa de Oncobiologia

O Programa Interinstitucional de Pesquisa, Ensino e Extensão na Biologia do Câncer, mais conhecido como Programa de Oncobiologia, foi idealizado de forma pioneira, em 2000, pela professora titular da UFRJ, Vivian Rumjanek, com o apoio do Dr. Marcos Moraes e da Fundação do Câncer. É um marco na associação de pesquisadores e interessados na temática do câncer. Reúne profissionais de pesquisa, médicos, farmacêuticos, biólogos, entre outros de diferentes instituições públicas do estado do Rio de Janeiro com o propósito de favorecer o desenvolvimento de novos tratamentos e métodos diagnósticos e de prevenção ao câncer.

Em 2023, o Programa passou a contar com um perfil no Instagram, objetivando divulgar atividades relacionadas com o mesmo e apresentar os membros da equipe, projetos de pesquisa, recursos didáticos, curiosidades, entre outros, disseminando informações e criando relacionamento para parcerias e impactando o público geral.

No canal do Programa de Oncobiologia é possível acessar esses e os demais eventos e iniciativas já realizados, abertos e gratuitos. Há conteúdo para o público especializado e, ainda, vídeos produzidos especialmente para a população em geral, tornando o assunto acessível. Vale a pena conhecer.

Resumimos aqui nossa produção científica:

– Programa Nacional de Apoio à Atenção Oncológica (Pronon)

O Programa Nacional de Apoio à Atenção Oncológica (Pronon) foi criado para incentivar ações e serviços desenvolvidos por instituições privadas e sem fins lucrativos atuantes na Oncologia. A realização de pesquisas clínicas, epidemiológicas, experimentais e socioantropológicas é um dos objetivos descritos na Lei nº 12.715/2012, que o instituiu.

Um dos idealizadores e maiores defensores do Pronon foi o Dr. Marcos Moraes, na época, presidente do Conselho de Curadores da Fundação do Câncer. Na sua implantação, o Pronon chegou a ser chamado de “Lei Rouanet do Câncer”.

Conheça os projetos!

Projeto: “Panorama da variação genética somática do câncer de próstata na população brasileira:

Identificação de potenciais biomarcadores”. A identificação de potenciais marcadores de câncer, em qualquer situação, é um ativo altamente importante e aplicado nas fases iniciais do tratamento ao câncer. Valor aprovado do projeto: R$ 5.816.759,76 (cinco milhões, oitocentos e dezesseis mil, setecentos e cinquenta e nove reais e setenta e seis centavos), para um prazo de execução de 36 meses. O Projeto já está com todos os alinhamentos e revisão técnica estabelecidos, aguardando a liberação dos recursos para seu início ainda em 2024. A Fundação do Câncer aguarda a autorização do Ministério da Saúde para dar início à execução de projeto.

Projeto: “Estudo piloto para avaliação de segurança e eficácia da terapia de linfócitos T modificados geneticamente com Receptores Quiméricos de Antígenos (CARs) anti CD19 para o tratamento de leucemias e linfomas”.

O projeto teve início em 2021, com execução prevista para três anos, com objetivo desenvolver uma terapia genética para tratar neoplasias de células B, um tipo de câncer. Essa terapia envolve a manipulação de linfócitos T, células do sistema imunológico, através da introdução de moléculas chamadas Receptores Quiméricos de Antígenos (CAR), que direcionam essas células para atacar especificamente as células cancerosas. Essa abordagem representa um avanço na engenharia genética para combater o câncer e oferece a possibilidade de tratamento utilizando células modificadas no Brasil. O Ministério da Saúde aprovou o valor de R$ 6.430.590,72 para o projeto. Após passar pelas fases iniciais de testes, as atividades pré-clínicas foram iniciadas e agora o projeto está se preparando para entrar na segunda fase, que envolve a ampliação dos testes para avaliar sua eficácia em larga escala.

Educação

O Instituto Nacional de Câncer (INCA) revisa, a cada três anos, as projeções nos números estimados de câncer no Brasil. Os dados mostram um crescimento na incidência da doença em nosso país, o que chama atenção para a necessidade de unirmos forças nas ações de prevenção e de estarmos preparados não apenas com os aparatos tecnológicos, mas, especialmente, com recursos humanos capacitados. O Brasil precisa, desde já, de profissionais bem formados para fazer frente aos desafios de diagnosticar e cuidar das pessoas com câncer.

Atenta a esse cenário, a Fundação do Câncer apontou como caminho estratégico ações em educação e capacitação, a partir do histórico de sucesso dos cursos de mestrado profissionalizante, capacitação e atualização, principalmente, na área de radioterapia, via Pronon, promovidos recentemente.

Radioterapia

Após o levantamento de demandas e necessidades de capacitação onde a Fundação poderia apoiar, surgiu o projeto “Educação para o Controle do Câncer”, que visa oferecer cursos desde pós-graduações ‘padrão-ouro’ – com carga horária equivalente à de uma residência médica –, passando por cursos livres e preparatórios.
A pós-graduação em Oncologia com área de concentração em Radioterapia de Alta Tecnologia também oferece atualização, especialização e preparatórios para provas de título. Para isso, a Fundação do Câncer montou uma equipe de especialistas em Radioterapia para a elaboração do projeto pedagógico. O curso é voltado para graduados em Medicina e profissionais vinculados aos serviços de Radioterapia de estabelecimentos de saúde públicos, filantrópicos ou privados do país. A implantação da primeira turma e desenvolvimento de novas temáticas está na linha de atuação em Educação para os anos 2023-2024.

Curso de epidemiologia

A Fundação do Câncer e o Instituto de Estudos em Saúde Coletiva da Universidade Federal do Rio de Janeiro (IESC/UFRJ) promoveram o curso ‘Conceitos e métodos básicos aplicados à epidemiologia’, ministrado pelos professores Antônio José Leal Costa (UFRJ/ IESC) e Moyses Szklo (IESC/ UFRJ & BSPH/ JHU). O curso foi ministrado com aulas conceituais e aulas práticas com desenvolvimento em grupos. O curso contou com a participação de 27 alunos, e teve mais de 200 pessoas interessadas.